Com a bússola novamente em mãos , o viajante e a eremita agora caminhavam juntos. Porém o rio que rumava a seus destinos colocara cada um deles em uma margem oposta. Uma jornada que há muito principiara, agora retomava seu sentido claro, ainda que o mapa não o fosse.
Com um imenso d'água os separando tais companheiros estavam expostos aos perigos daquele vale onde poucos raios do Sol, que ilumina a alma e a consciencia, podiam penetrar. A maravilha do caos instaurado oculta pelas sombras. Os tentáculos da escuridão globalizada se alastravam tal qual um polvo em constante crescimento. Nós sabemos o nome do mago que criara e treinara o monstro, seu nome era Tédio. Junto dele, a esposa Rotina deliciava-se com a confusão nos olhos daqueles que falam, falam, falam e não escutam. Mas uma nova missão lhes fora dada; perseguiriam incansáveis as almas que haviam aprisionado um raio de Sol na bússola recém recuperada.
A família do Mago Tédio era não só perigosa, como também inteligente, e perspicaz. Nesse dia a primogênita da família aparecera para a eremita: A manipulação.
Continua.
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Eremita Moderno
Entre poesia e prosa
Um viajante caminhava à passos arrastados, sua estrada há muito estava perdida, o tédio, perverso, levara-lhe a bússola com seus dedos leves quase imperceptíveis. Ele caminhava e caminhava e caminhava, porém seu destino cada dia mais se perdia, sua memória, como que roubada também, se esvaia, suas opiniões pareciam gritadas ao vento, pobre vento, surdo desde sempre. Incompreendido o viajante já não tentava fazer-se entender, apenas caminhava. Enquanto tentava conversar com outros que viviam naquele mapa confuso, mais se perdia. O viajante se perdia de sua alma, e ela seria sua unica ajuda na busca por seu destino. Até que um dia uma eremita moderna roubou a bussola do tédio. Será que com sua bussola em mãos o viajante poderia achar seu destino? Nenhum dos dois sabia, mas agora caminhavam juntos, pelas margens do lago das palavras, entre poesia e prosa.
http://abussolaenterrada.blogspot.com/
Diego da Cruz, o viajante.
Um viajante caminhava à passos arrastados, sua estrada há muito estava perdida, o tédio, perverso, levara-lhe a bússola com seus dedos leves quase imperceptíveis. Ele caminhava e caminhava e caminhava, porém seu destino cada dia mais se perdia, sua memória, como que roubada também, se esvaia, suas opiniões pareciam gritadas ao vento, pobre vento, surdo desde sempre. Incompreendido o viajante já não tentava fazer-se entender, apenas caminhava. Enquanto tentava conversar com outros que viviam naquele mapa confuso, mais se perdia. O viajante se perdia de sua alma, e ela seria sua unica ajuda na busca por seu destino. Até que um dia uma eremita moderna roubou a bussola do tédio. Será que com sua bussola em mãos o viajante poderia achar seu destino? Nenhum dos dois sabia, mas agora caminhavam juntos, pelas margens do lago das palavras, entre poesia e prosa.
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Diego da Cruz, o viajante.
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Eremita Moderno

Quando questionada ontem a reposta para tal pergunta estava preparada como uma ratoeira e desparou certeira em direção ao questionador. Porém fiquei “encucada” com isso. Ao criar o blog a letra da música com esse nome foi fator indispensável para a escolha, mas por traz dele também uma escolha mais lógica. Um eremita é alguém que tenta ser uma “ilha” na sociedade, alguém que tenta observar por fora, isolado, sem conviver no “observatório”. Em outras palavras, nesse blog quis passar coisas que vem de uma ilha social, que no caso é a minha “bolha” o limite do meu horizonte, expressar minhas opniões de fora. Porém afinal ninguém pode ser uma ilha, ninguém se abstém da sociedade, cada ato nosso influi no comportamento que observamos ao nosso redor, e quanto a isso não me refiro apenas a comportamentos com relação a conhecidos. Jamais serei uma ilha social, e nem ao mesmo o quero, pois viver no meio desse maravilhoso caos humano me fascina. Porém quando escrevo tento mostrar o que passa em minha mente, tentando não atingir leitor algum, muitas vezes apenas para esclarecer à mim mesma os meus pensamentos. O moderna que segue “a eremita” deve-se ao suporte que uso para escrever, este blog, pipoco o mundo real, tento refleti-lo no virtual, e observo.
Essa é a eremita moderna. Prazer.
A letra da musica que inspirou a criação do blog:
Antropologicamente falando é interessante
Ingerir alimentos que contenham corante
Criar imagens de deuses com formas de elefante
Não cortar o cabelo quando a lua é minguante
Simpatizante do sistema que simula flagrante
Palavra escandinava que só tem consoante
Refletir sobre isso tudo do alto de um mirante
Já bem disse Raul, ?Metamorfose ambulante?
Suponhamos que eu jogue uma pedra num rio
E essa pedra assuste um peixe que ali estava saindo
Quanto à ordem natural e ao que chamamos destino
Estaria participando ou estaria interferindo?
Trajava sunga e nunca usara um terno
Pensava ser um eremita moderno
Dizia "ao reino da alegria me entrego
Porque aqui jaz o cadáver do meu ego"
Desencontros e encontros no teatro do acaso
Há superfície no profundo, e um fundo no que é raso
A sincronicidade unifica o que é distante
Nascimentos e partidas num mesmo instante
Novos Baianos, Funk Melody, Eletroprog
Blocos de rua, folclore e rodas de hardcore
Biologia, História Antiga, Mecânica Quântica
Cerveja de boteco e a flora da Mata Atlântica
Somos um pouco de tudo, e muito de cada pouco
O espaço vazio de um polígono oco
Somos os pingos da chuva e a água dentro do coco
O suspiro de alívio, quando passado o sufoco
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